Em um mundo onde a jornada de um produto até a prateleira de um supermercado envolve uma série de agentes e variáveis, entender esses processos, os tipos de comércio existentes e os fatores que podem influenciar o comportamento do shopper, é fundamental para aumentar suas vendas, independente da sua posição na cadeia de abastecimento.
O mercado varejista alimentar é um dos mais importantes do mundo, movimentando bilhões de dólares anualmente. No Brasil, a indústria brasileira de alimentos e bebidas representa cerca de 10% do PIB e emprega mais de 12 milhões de pessoas.
Ao compreender o que o seu shopper busca e valoriza, é possível traçar estratégias mais assertivas e eficazes. A busca pela satisfação de todos os perfis de consumidores é um desafio complexo, e você não irá conseguir agradar a todos, por isso mantenha o foco no seu negócio.
A movimentação de um produto ao longo da cadeia de abastecimento, seja passando por distribuidores, atacadistas ou diretamente da indústria, não apenas impacta a jornada do produto, mas também influencia diretamente o preço final que chega ao shopper.
Os consumidores estão cada vez mais exigentes e buscam por preços competitivos, variedade de produtos, qualidade e praticidade. As empresas varejistas de alimentos precisam estar atentas a essas tendências para se manter competitivas.
Confira neste artigo os principais tipos de comércio da cadeia de abastecimento do varejo alimentício, suas particularidades e quais as motivações do Shopper com cada tipo de comércio.
Tipos de Comércio
Indústria:
A indústria converte matéria-prima em produtos prontos para o consumo final. Contudo, esses produtos percorrem diversos intermediários, como distribuidores, atacadistas e varejistas, até chegar aos consumidores. Algumas indústrias buscam encurtar esse trajeto e aumentar sua lucratividade ao atuar em diferentes estágios da cadeia de abastecimento.
O perfil do comprador está mudando; antigamente, apenas empresas robustas podiam comprar diretamente das indústrias, mas startups no varejo alimentar agora conseguem fazer o mesmo. Os consumidores que compram diretamente das indústrias confiam na marca e buscam preços mais baixos.
Atacado:
O comércio atacadista envolve a compra em grande quantidade direto das indústrias para revenda a varejistas ou distribuidores. Destaca-se por oferecer produtos a preços mais baixos, até 50% menos que no varejo.
As negociações são feitas com um vendedor, com prazos de pagamento estendidos e possibilidade de exclusividade.
Os compradores são varejistas de todos os portes, incapazes de negociar diretamente com as indústrias e que buscam acordos favoráveis para seus negócios.
Distribuidoras:
As Distribuidoras pulverizam lotes de mercadorias para pequenos varejistas. Geralmente, possuem contratos de exclusividade com fornecedores e atendem varejistas de médio e pequeno porte sem poder de negociação direta com as indústrias.
O perfil do shopper desse canal é composto por varejistas sensíveis a fatores como preço e prazo de entrega.
Varejo de Alimentação com Autosserviço:
O varejo alimentar compreende uma gama de modelos de negócios que oferecem produtos diretamente aos consumidores finais. Este setor inclui desde estabelecimentos como mercados de bairro até grandes hipermercados. Cada formato busca atender necessidades específicas dos consumidores, proporcionando conveniência, variedade e preços competitivos.
Os diferentes tipos de varejo alimentar, como mercados de bairro, hipermercados, supermercados online, atacarejos e clubes atacadistas, se destacam por oferecerem diferentes propostas de valor aos clientes. Os consumidores buscam praticidade, variedade, preços acessíveis ou outras vantagens, dependendo do formato de varejo escolhido. A inovação nesse setor, como o comércio online e tecnologias de gestão, está se tornando cada vez mais relevante para atender às demandas dos shoppers.
Mercado de Bairro:
Os mercados de bairro são pequenos estabelecimentos familiares, conhecidos como mercados de proximidade. Eles têm estoque limitado, oferecendo menos variedade em comparação a grandes supermercados. Esses locais atendem à comunidade local e são valorizados pela conveniência que oferecem.
Os clientes buscam suprir necessidades específicas em lojas próximas de casa ou trabalho, mantendo uma relação de confiança com os varejistas ao longo do tempo.
MiniMercados:
Os minimercados, também chamados de varejo de proximidade, são pequenos estabelecimentos vinculados a grandes redes varejistas. Localizados em áreas estratégicas, como avenidas movimentadas ou próximos a transporte público, oferecem preços competitivos devido à negociação realizada por marcas conhecidas.
Os consumidores frequentam esses locais principalmente por conveniência, complementando suas compras regulares com itens específicos ou esquecidos.
Lojas de conveniência:
As lojas de conveniência são estabelecimentos comerciais que oferecem uma variedade limitada de produtos, mas com acessibilidade e conveniência para os consumidores.
Elas geralmente estão localizadas em áreas de fácil acesso e abrem por longas horas, oferecendo uma seleção de itens como alimentos prontos, bebidas, lanches e outros produtos básicos do dia a dia. Essas lojas são conhecidas por sua conveniência e praticidade, atendendo às necessidades imediatas dos consumidores.
Honest Market e Lojas de Condomínio:
O Honest Market é um modelo de loja de conveniência sem a presença de funcionários para receber pagamentos. Nele, os clientes pegam os produtos, escaneiam e efetuam o pagamento por meio de diferentes métodos, como cartão, voucher ou PIX, baseando-se na confiança mútua. Esse modelo se destaca por sua praticidade e autonomia, idealizado principalmente para condomínios residenciais e locais de acesso restrito.
Supermercados:
Os supermercados oferecem uma ampla variedade de produtos e marcas, sendo projetados para atender todas as necessidades do consumidor, permitindo compras de grande volume, como a “compra do mês”. Eles possuem estratégias para estimular o consumo, como um layout planejado e facilidades como estacionamento e banheiros. Os preços costumam ser mais baixos devido à grande rotatividade de mercadorias.
Os clientes esperam encontrar diversidade de produtos, boas promoções e condições de pagamento atrativas.
Hipermercados:
Os hipermercados são unidades ainda maiores que os supermercados, oferecendo uma vasta gama de serviços e facilidades para incentivar o consumo e prolongar a permanência do cliente. Eles podem conter restaurantes, farmácias, cafés e outros espaços alugados, além de fornecer serviços variados.
A operação é complexa, atendendo várias regiões e exigindo um planejamento cuidadoso para sua implantação. Os clientes esperam encontrar não só produtos, mas também resolver várias questões do cotidiano enquanto estão no local.
Varejo Online:
O varejo online se fortaleceu significativamente após a pandemia, ampliando sua influência em todos os setores do comércio alimentício. Esse modelo ganhou força à medida que consumidores buscavam alternativas seguras e convenientes para suas compras diárias.
A flexibilidade e a conveniência do comércio eletrônico atraíram clientes de todos os tipos de varejo alimentício, desde supermercados estabelecidos até lojas de bairro.
Sua ascensão foi impulsionada pela necessidade de evitar aglomerações e pela busca por experiências de compra mais eficientes e adaptáveis ao cotidiano.
Atacarejo e Clubes Atacadistas:
O Atacarejo é um modelo de comércio que combina características de atacado e varejo. Comumente localizado próximo a grandes rodovias, oferece tanto para pequenos varejistas quanto para consumidores finais. Caracterizado por autosserviço e pagamentos à vista, prioriza preços baixos em detrimento da variedade de produtos e marcas.
Shoppers do Atacarejo buscam economia em compras de grande volume para abastecer suas casas durante períodos prolongados.
Conclusão:
O mercado varejista alimentar é um dos mais dinâmicos que existe e é preciso acompanhar as tendências e inovações. Há alguns anos era impensável fazer as compras do mês pela internet, hoje em muitos lugares do país e do mundo isso já é uma realidade.
É importante ter a consciência que não é possível atender a todos os públicos disponíveis. Não tenha medo em se especializar em um tipo de shopper, acredite: é impossível agradar a todos!
Empresas no mundo todo estão testando várias inovações como self-checkout, Web Pickup, inteligencia artificial, Realidade Aumentada e tantas mais.
Além das compras pela internet estarem ganhando cada vez mais espaço, as empresas varejistas têm investido cada vez mais em informatizar sua gestão. Evitando assim desperdícios, controlando melhor o estoque, além de conseguir gerir melhor suas rotinas financeiras, contábeis e fiscais.
Por isso, é tão importante que um supermercado conte com um ERP que seja pensado para suas necessidades. Assim é o Bluesoft ERP, que atua no setor há mais de 20 anos. O melhor sistema ERP em nuvem para todos os Tipos de Comércio.
Bons negócios e ótimas vendas!
