Neste Papo Express, Gleyci Souza fala sobre as novas regras de Crédito Rotativo.

No início do mês de Abril de 2017, passaram a valer as novas regras de crédito rotativo para cartões de crédito impostas pelo Banco Central. O objetivo dessa medida foi tornar o uso do cartão de crédito mais barato, reduzindo os juros abusivos que chegaram a mais de 480% no final de 2016, reduzindo também o efeito “bola de neve”que atinge a grande parte dos clientes e que é responsável por boa parte do endividamento da população.

Antes da mudança, o cliente era obrigado a fazer um pagamento mínimo de 15% do valor de sua fatura para não ficar inadimplente. O valor restante seria cobrando na fatura seguinte acrescido de juros sobre o saldo devedor, que poderiam variar conforme a operadora de crédito, mas que em geral seguiam a média de 16,5% a 18%.

No mês seguinte, caso ainda não pudesse pagar o valor total, o cliente poderia novamente pagar um valor mínimo atualizado, que seria 15% do saldo da última fatura + juros + encargos + valor dos gastos do mês atual, e assim por diante.

Com a nova regra, o cliente poderá utilizar o recurso de pagamento mínimo de 15% apenas uma vez. No mês seguinte, caso o cliente ainda não possa pagar o valor integral de sua fatura, o banco deverá oferecer uma outra opção para que o cliente possa pagar a sua dívida.

A principal solução será o parcelamento da fatura, especialmente para cartões que não sejam vinculados a uma conta corrente, que terão juros menores que passam a variar de 1% a 10% dependendo do banco ou da operadora de crédito.

As mudanças tem como principal objetivo tornar o uso do crédito rotativo mais barato para o cliente final, uma vez que ao final do período o valor total da dívida será menor. Porém especialistas atentam ao fato de que as mudanças podem acabar aumentando o número de inadimplências para clientes que já estão com um valor alto de dívida e que não tenham condições de pagar o valor das parcelas.

Vale lembrar que a melhor opção ainda é evitar usar as linhas de crédito rotativo ou parcelamento da fatura. O ideal é aprimorar a educação financeira, buscando estabelecer um orçamento mensal e evitando ter gastos maiores do que a sua renda.

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