A gestão financeira é uma das atividades mais importantes de uma empresa. Porém, muitas ainda cometem erros que colocam toda sua saúde financeira a perder. Por isso, é importante que você conheça os 13 erros mais comuns da Gestão Financeira e como evitá-los! Acompanhe:

Mas, primeiro… O que é Gestão Financeira?

Podemos resumir a Gestão Financeira como o conjunto de estratégias para garantir os resultados econômicos e financeiros de uma empresa.

A Gestão Financeira controla as entradas e saídas de capital de um negócio. Seu objetivo é gerir os recursos da empresa para evitar despesas e aumentar a lucratividade, garantindo assim um crescimento sustentável.

Afinal, quais são 13 erros mais comuns da Gestão Financeira?

Todos cometemos erros, mas na administração de uma empresa é preciso estar duas vezes mais atento. Por isso, é importante conhecer os 13 erros mais comuns da Gestão Financeira e, principalmente, como evitá-los. Neste artigo vamos conhecer os seguintes erros:

  1. Não controlar o fluxo de caixa;
  2. Não registrar todas as operações financeiras;
  3. Problemas de precificação;
  4. Não ter controle de estoque;
  5. Tentar reduzir despesas diminuindo o número de funcionários;
  6. Controle incorreto do capital de giro;
  7. Não fazer o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE);
  8. Misturar despesas pessoais com as contas da empresa;
  9. Não definir um valor fixo de pró-labore;
  10. Não conhecer o ciclo de finanças da empresa;
  11. Não medir corretamente o desempenho da empresa;
  12. Não saber gerenciar o lucro obtido;
  13. Não possuir um sistema de gestão.

Assista mais vídeos sobre erros na Gestão Financeira: Parte 1 – 5 Erros na Gestão Financeira e 7 pecados da Gestão Financeira.

Agora, vamos nos aprofundar em cada um desses erros:

Não controlar o fluxo de caixa

É de extrema importância que a empresa saiba não apenas os valores, mas também as origens de entradas e saídas de dinheiro a curto e a longo prazo. Porém, infelizmente não controlar adequadamente o fluxo de caixa é um dos erros mais comuns na gestão financeira.

O controle do Fluxo de Caixa permite planejar precisamente as finanças, além de evitar surpresas desagradáveis, como por exemplo, gastos desnecessários e excedentes, rendimentos não aproveitados corretamente, faturamento menor etc. Afinal, sem visualizar o contas a pagar e a receber não é possível ter previsibilidade.

Registrar todas as operações no Fluxo de Caixa pode ser trabalhoso. Mas a boa notícia é que há diversas ferramentas, como um sistema de gestão empresarial, que podem ajudar nisso!

Leia também: Como utilizar o Fluxo de Caixa para tomadas de decisões!

Não registrar todas as operações financeiras

Um dos erros que mais da Gestão Financeira das empresas é não registrar todas as operações. Isso, por falta de tempo, negligência com despesas pequenas ou ainda falta de controle de gastos ocultos.

Registrar todas as operações efetuadas pode ser um processo trabalhoso e demorado. Por isso, muitas vezes algumas transações são deixadas de lado por serem consideradas “menos importantes”.

Porém, é essencial que tudo seja registrado e devidamente categorizado. Assim, será possível identificar com precisão a origem e o destino do dinheiro na empresa, inclusive pontos de melhoria.

Muitas empresas começam a controlar as finanças de forma correta, mas não mantém a regularidade nos controles. Geralmente, isso ocorre por falta de tempo ou por estarem preocupados com outras atividades.

Além disso, alguns gestores ignoram pequenas despesas justamente pelo trabalho que é registrar toda e qualquer operação da empresa. Acredite, gastos pequenos, principalmente os em dinheiro, podem comprometer o caixa no fechamento do ano.

Por isso, uma dica é buscar otimizar as pequenas despesas. Por exemplo, substituir aquisições não programadas por uma concentrada no setor de compras, que terá maior poder de negociação, justamente por realizar um pedido grande.

Outro problema da gestão financeira é sobre os gastos ocultos (também chamados de custos invisíveis) que ainda pegam de surpresas muitos gestores. É claro que nem tudo é possível prever, mas algumas coisas se pode estar atento. Exemplos disso são aumento de gastos com telefonia em picos de atendimento ou vendas, reembolsos etc.

Problemas de Precificação

Outro erro da Gestão Financeira é vender produtos ou serviços com precificação incorreta. É comum que empresas determinem seu preço de venda baseando-se apenas nos concorrentes.

O correto é conhecer a fundo o custo de produção ou de compra de mercadorias. A partir daí, determinar a margem de lucro ideal para cobrir os gastos, gerar receitas e ser competitivo ao mesmo tempo.

Além disso, conhecendo os custos é possível tentar reduzir eles. Por exemplo, buscar automatizar processos, fornecedores mais competitivos, gerir melhor recursos e muito mais!

Outro erro de precificação é a alteração de preços sem um estudo adequado.

Usar apenas alterações de preços na tentativa de aumentar os lucros, pode causar o efeito contrário. Isso, porque a diminuição dos preços para tentar aumentar as vendas pode gerar problemas como, por exemplo, não cobrir os custos com mercadorias, ruptura de estoque, impactar o branding, entre outros.

Da mesma forma, o aumento do preço também pode ser péssimo. Inclusive, pode dar vantagens competitivas aos concorrentes.

Leia também: A importância da precificação no varejo!

Não ter controle de estoque

O controle do estoque é fundamental também para as finanças. Isso, pois um estoque mal administrado pode gerar problemas como, por exemplo, prejuízos por estoque ocioso, custos de armazenagem e até ruptura de estoque.

Para isso, é importante utilizar ferramentas para controle e cálculo de estoque ideal. Isso permite evitar os prejuízos citados e ainda otimizar a gestão de compras, e portanto, as finanças.

Tentar reduzir despesas diminuindo o número de funcionários

Ao tentar cortar custos, reduzir o número de funcionários pode resultar em mais despesas para a empresa. Dispensar colaboradores implica na perda de capital intelectual, risco da diminuição da qualidade de atendimento, além dos gastos gerados com indenizações.

Portanto, essa é uma decisão que deve ser tomada com muito cuidado e apenas em casos realmente necessários.

Leia também: O que é Turnover e por que sua empresa perde dinheiro com isso?

Controle incorreto do capital de giro

A falta de controle de Fluxo de Caixa pode gerar outros problemas como, por exemplo, no gerenciamento do Capital de Giro. Não controlar corretamente o capital de giro pode deixar as contas da empresa descobertas.

Com isso, muitos gestores acabam recorrendo a recursos como empréstimos empresariais. Porém, empréstimos implicam em juros, ou seja, mais gastos para a empresa a médio e longo prazo.

Não fazer o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)

A DRE é um relatório que oferece uma junção econômica completa das atividades operacionais e não operacionais da empresa em um determinado período de tempo. Demonstrando assim, claramente, se houve lucro ou prejuízo.

Portanto, sem o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) os gestores ficam sem embasamento para tomar decisões. Isso, pois com a DRE é possível identificar problemas nos processos que possam causar prejuízos.

Misturar despesas pessoais com as contas da empresa

Infelizmente esse erro de gestão financeira ainda é muito comum, ainda mais em empresas pequenas, no início de suas operações ou familiares. Essas despesas pessoais podem vir em forma de cobranças entregues diretamente ao contas a pagar ou mesmo de faturas de cartões corporativos.

Usar as contas da empresa para pagar despesas pessoais é péssimo para o negócio por vários motivos. Isso, por exemplo, gera despesas não previstas no fluxo de caixa (o que compromete o pagamento dos gastos da empresa), afeta o disclosure contábil e muito mais!

Uma forma de evitar esse erro é delimitar um valor fixo de pró-labore para os sócios (como veremos a seguir) e estabelecer regras claras de compliance.

Não definir um valor fixo de pró-labore

Acredite, muitas empresas brasileiras já tiveram problemas em suas contas por não definir um valor fixo de pró-labore para os sócios que atuam na operação do negócio.

Incluir esses valores no planejamento financeiro evita surpresas e aumenta a previsibilidade dos resultados da empresa. Além disso, evita que as despesas pessoais desses sócios se misturem com as contas do negócio.

Não conhecer o ciclo de finanças da empresa

Em toda empresa existe um fluxo contínuo pelo qual o dinheiro deve passar. Seja entrando pelas vendas e então sendo utilizado para pagamento de despesas ou saindo através da compra de insumos, passando pela produção até que gere o produto final que será vendido e assim por diante.

Conhecer a fundo este fluxo é muito importante por inúmeros motivos. Por exemplo, fazer uma retirada de dinheiro no momento inadequado pode prejudicar todo o processo.

Além disso, conhecer a fundo o ciclo de finanças da empresa permite identificar e cortar gastos desnecessários e até mesmo maximizar a geração de receitas.

Não medir corretamente o desempenho da empresa

Você precisa saber se o seu negócio dá lucro ou prejuízo. Não basta registrar todos os gastos e ganhos detalhadamente no fluxo de caixa, é preciso analisar estas informações.

Outro desafio é escolher os indicadores-chave de desempenho (KPI) corretos para tirar os melhores insights sobre o negócio. Uma ferramenta que pode ajudar muito nesse processo é o Business Intelligence (BI).

Leia também: KPIs que todo Supermercadista precisa acompanhar (Parte 1) e (Parte 2).

Não saber gerenciar o lucro obtido

Por incrível que pareça, as empresas brasileiras têm dificuldade de lidar com o lucro. Acredite, gerar receitas não é o suficiente para ter uma gestão financeira de sucesso. É preciso saber maximizá-las.

Para isso, é importante ter ferramentas de análise para definir como investir e assim aumentar os lucros. Para isso, os índices de liquidez de investimentos devem ser levados em consideração.

Lembre-se que o lucro da empresa pode ajudar em despesas previstas ou mesmo para a criação de um fundo de emergência. Esses recursos podem ser usados com despesas com pessoal (13º salário, férias e eventuais rescisões trabalhistas), pagar investidores e principalmente reinvestir no negócio.  

Não possuir um sistema de gestão

Um sistema de gestão pode trazer grandes contribuições estratégicas para o seu negócio. Através dele é possível tornar visível o fluxo da gestão financeira, automatizar processos, diminuir retrabalho, além de fornecer dados e relatórios para análise e tomada de decisão.

Sem um sistema sempre faltará assertividade em alguma atividade, além de falta de integração entre áreas.

Diante disso, o mais importante é que a empresa também possua um sistema adequado para organizar toda a sua gestão e assim, ter uma saúde financeira estável.

Para isso, a Bluesoft possui todas as ferramentas necessárias para ajudá-lo nesse processo, como o Bluesoft ERP para controle das suas operações, assim como o Bluesoft Intelligence que disponibiliza diversos dashboards que apresentam resultados de maneira dinâmica e analítica.

Conclusão

Agora que você sabe os erros mais comuns, não tem mais desculpa para não ter uma gestão financeira de sucesso. Infelizmente, muitos gestores focam em aumentar as vendas e o faturamento, porém é a lucratividade que deveria ser o objetivo do negócio.