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No ano que passou, em consequência de uma intensa retração no mercado de consumo, o setor atacadista distribuidor apresentou uma queda real de 6,8% no faturamento, apesar de apresentar uma alta nominal de 3,1%. De acordo com o Retail Index, da Nielsen, que avalia 131 categorias de produtos muito consumidos ao longo do ano, os supermercados de 20 a 49 checkouts tiveram queda de -3,2% em faturamento e de -1% em volume.

Os supermercados de 50 ou mais checkouts apresentaram uma queda de -3,9% em faturamento e de -0,6% em volume. Enquanto isso, o volume de vendas do cash & carry aumentou em 12,1% em volume e o faturamento em 7%.

“A migração dos consumidores entre canais ocorre menos nos mercados de menor tamanho e mais nos supermercados de mais de 20 checkouts. Uma vez que estes, em geral, fazem vendas de estoque, os consumidores estão migrando para um canal que, teoricamente, vende mais barato, que é o cash & carry, e mesmo assim, no caso do cash & carry, há uma mudança de produtos mais caros para produtos mais baratos, pois o volume cresce muito mais que o faturamento. Além disso, uma vez que o cash & carry, substancialmente, vende preço, ele irá vender a marca de menor preço”, afirma Nelson Barrizzelli, coordenador de projetos da FIA – Fundação Instituto de Administração e responsável pelas análises do Ranking ABAD Nielsen 2016 (ano-base 2015).

Considerando-se que os mercados de um a nove checkouts respondem totalmente às vendas do atacado, em suas várias modalidades, principalmente às daquele que trabalha com vendedores na rua, por exemplo o de entrega, melhorar os níveis de atendimento e de serviço nesses canais são grandes oportunidades que o atacado tem neste momento. Talvez uma solução consista em “invadir os estabelecimentos que têm dez a 15 caixas em cidades do interior, e assim melhorando muito o seu trabalho nesses canais porque eles estão aumentando o volume, diferentemente das lojas grandes”, acrescenta o especialista.

Fonte: Newtrade