A logística, seja interna ou externa, é uma das áreas que mais demanda funcionários e recursos dentro da operação de uma empresa. Por isso, ao buscar formas de otimizar estes processos chegou-se a Logística Lean.

Quer descobrir o que é Logística Lean, seus benefícios e como adotá-la? Então continue lendo:

Afinal, o que é Logística Lean?

A logística lean, também chamada de Logística Enxuta, nada mais é do que o sistema lean aplicado à logística.

Já o Sistema Lean é uma filosofia de gestão que tem o objetivo de identificar em qualquer processo produtivo as atividades que agregam valor aos clientes (que eles estão dispostos a pagar) e eliminar desperdícios (pelos quais eles não estão dispostos a pagar).

Podemos resumir os objetivos da Logística Lean em:

  • melhoria da qualidade;
  • eliminar desperdícios;
  • redução do Lead Time;
  • reduzir o custo total do processo logístico.

Para a logística lean todo o processo de logística deve ser interpretado como um desperdício, ou seja, como custo. Assim, sua premissa é eliminar ao máximo as atividades da logística.

Lembra da máxima “Estoque é custo”? Pois na Logística Lean isso é levado até as últimas consequências. Por exemplo, para ela, uma prática como o estoque de segurança já é um problema.  

Assim, podemos conceituar os componentes da Logística Lean em:

  • suprimentos lean;
  • compras lean;
  • armazenagem lean;
  • distribuição e Transporte lean.

Os pilares da Logística Enxuta

A aplicação da logística lean possui alguns pilares:

  • Gestão rigorosa do estoque mínimo;
  • Foco na real necessidade dos clientes;
  • Fluxo de entregas extremamente eficiente;

Porém, é preciso mais que apenas reduzir estoque e entregar com mais agilidade para declarar que a sua empresa possui uma Logística Lean.

O que são Desperdícios para a Logística Lean?

Podemos dizer que mitigar desperdícios é o seu principal objetivo da. O autor e palestrante Rogério Bañolas, que está a frente da ProLean, propôs uma relação entre as 7 perdas da produção lean para a logística lean. Na visão do autor, as sete perdas são:

  1. superoferta;
  2. suboferta;
  3. perdas por espera;
  4. perdas por defeitos;
  5. perdas por movimentação;
  6. perdas por processamento;
  7. perdas P (previsão, planejamento, programação, prazo).

A seguir, vamos nos aprofundar em cada uma destas perdas:

Superoferta

A perda por superoferta é quando a quantidade de mercadorias é maior que a demanda. Isso pode ocorrer por erro de cálculo na previsão ou mesmo para antecipar alguma sazonalidade.

Suboferta

Já a suboferta é a famosa ruptura de estoque, quando o empresário perde a venda por falta de produto em estoque. Além disso, a suboferta também pode ser aplicada quando o cliente opta por não comprar naquele estabelecimento por outros motivos além da falta do produto, como por exemplo, mau atendimento.

Perdas por espera

Enquanto isso, as perdas por espera são aquelas que ocorrem quando uma mercadoria precisa esperar por algum motivo. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando precisa ela precisa de um recurso ou mesmo de outro produto para ser processada.

Perdas por defeitos

Os defeitos em questão podem ser nas mercadorias ou em equipamentos necessários no processo logístico. Por exemplo, produtos com avarias, caminhões ou esteiras quebrados.

Perdas por movimentação

Já as perdas por movimentação são aquelas que prejudicam a eficiência da operação logística, sendo apenas gargalos de tempo e produtividade.

Perdas por processamento

Outro tipo de perda é por processamento. Sabe aquelas embalagens intermediárias ou mesmo quando o processo de inventário de estoque é impreciso e demanda retrabalho na contagem? Então, estes são somente alguns dos casos de perdas por processamento.

Perdas P

Quem encerra os tipos de perdas na logística lean são as Perdas P, de previsão, planejamento, programação e prazo. As perdas P geram gastos e insegurança para o processo logístico, por isso, devem ser evitadas a todo custo.

Adotar ou não a Logística Lean?

A implementação da dela pode trazer inúmeros benefícios, como por exemplo, redução de custos, aumento de vantagem competitiva e maior eficiência interna.

Porém, é preciso estudar a operação e o momento da empresa antes de tomar uma decisão. Isso, pois caso haja algum problema, o risco de ruptura de estoque é grande demais. E o que viria para dar agilidade e eficiência à operação pode prejudicar todos os resultados do negócio.

Conclusão

O próximo agora passo é analisar sua operação em busca de otimização e, quem sabe, chegar no ponto lean.

Qualquer dúvida, comentário ou sugestão é só comentar no post!

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